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Feliz dia da Mãe

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Homenagem à mãe !

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Em cima da minha mesa
Da minha mesa de estudo
Mesa da minha tristeza -
Em que de noite e de dia
Rasgo as folhas, leio tudo
Destes livros em que estudo,
E me estudo(Eu já me estudo...)
E me estudo A mimTambém
Em cima da minha mesa,
Tenho o teu retrato, Mãe!
À cabeceira do leito,
Dentro de um caixilho,
Tenho uma Nossa Senhora
Que venero a toda a hora...
Ai minha Nossa Senhora,
Que se parece contigo,
E que tem ao peito,Um filho
(O que ainda é mais estranho) Que se parece comigo,
Num retratinho,Que Tenho,
De menino pequenino!...
No fundo da minha mala,
Mesmo lá no fundo a um canto,
Não lhes vá tocar alguém,
(Quem as lesse, o que entendia? Só riria
Do que nos comove a nós...)J
á tenho três maços, Mãe,
Das cartas que tu me escreves
Desde que saí de casa...
Três maços - e nada leves! -
Atados com um retrós...
Se não fora eu ter-te assim,
A toda a hora, Sempre à beirinha de mim,
(sei agora ,Que isto de a gente ser grande
Não é como se nos pinta...)Mãe!,
já teria morrido,
Ou já teria fugido,
Ou já teria bebido
Algum tinteiro de tinta.

José Régio

FELIZ 2014

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BOAS FESTAS

domingo, 14 de dezembro de 2014

Ulceras de pressão (UPP) ou Escaras

PRESSURE ULCERS: ELECTING THE TREATMENT PRODUCT
ÚLCERAS POR PRESIÓN: ELECCIÓN DEL PRODUCTO DE TRATAMIENTO
AUTORES: Bruno Cunha
Resumo
Os materiais de penso com acção terapêutica foram amplamente estudados e oferecem numerosas vantagens em relação a material largamente disponível e com longa tradição de uso. Um maior conhecimento do seu modo de actuação permitirá uma melhoria dos cuidados prestados ao utente com úlceras de pressão.
Palavras-Chave: úlceras de pressão, tratamento, penso ideal, material de penso
Introdução
Uma úlcera de pressão é uma lesão localizada da pele e/ou tecido subjacente, normalmente sobre uma proeminência óssea, em resultado da pressão ou de uma combinação entre esta e forças de deslizamento (EPUAP, 2009). Nas últimas décadas, houve alterações consideráveis nos métodos e produtos associados ao seu tratamento. O abandono do tradicional penso oclusivo foi estimulado pelo reconhecimento da necessidade de um microambiente favorável à cicatrização (Duque, 2009). A revolução nos métodos de tratamento de feridas deu-se em 1962, quando George Winter definiu a terapia de cicatrização em ambiente húmido como a desejável para a obtenção de uma cicatrização rápida e com o menor número de intercorrências (Rocha, 2006; Gouveia, 2008). A evidência dos estudos experimentais que indicam que manter as feridas húmidas acelera a reepitelização levou ao desenvolvimento de uma vasta gama de pensos (EWMA, 2004).
Em 1971 surgiu o primeiro penso desta era, uma película de poliuretano, e a partir daí a tecnologia não pára de nos surpreender (Elias, 2009).
 1. Avaliação do estado da úlcera de pressão
A avaliação da úlcera de pressão, é de extrema importância para os profissionais de saúde, pois permite avaliar o estado inicial da ferida que irá iniciar tratamento, bem como o sucesso ou insucesso do mesmo (Gouveia, 2009).
As respostas ao tratamento que necessita, encontram-se através de uma avaliação cuidadosa relativamente à sua localização, forma, dimensões, profundidade, tipos de tecidos presentes (epitelização, granulação, desvitalizado, necrosado), qualidade e quantidade de exsudado, a situação da região perilesional, dor manifestada pelo doente e o estado microbiano. Porém, as suas necessidades mudam à medida que progride ou se deteriora (Morison, 2004). A classificação das úlceras de pressão tem acompanhado a própria interpretação do seu mecanismo de desenvolvimento. Em 1975, Shea propôs pela primeira vez uma classificação por graus.
Foram realizadas várias modificações, até que em 1989, foi aceite a definição da NPUAP para os graus (Ferreira, 2007). Em 2009, numa colaboração entre a EPUAP e a NPUA, passaram a ser classificadas em categorias (Quadro 1).
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 2. Selecção do Penso ideal
Tendo por base o princípio da terapia em ambiente húmido, Turner (1982) enumerou 7 princípios para o penso ideal, aos quais hoje em dia obedecem a maioria, dos pensos disponíveis: proporcionar um meio húmido, remover o excesso de exsudado, permitir as trocas gasosas, manter a temperatura ideal, ser impermeável às bactérias, estar livre de partículas/ contaminantes tóxicos e permitir remoção sem trauma (Figura 1). Fundamentalmente, os que mais se aproximam deste cenário ideal são aqueles que funcionam como penso primário e secundário, simultaneamente (Gouveia, 2008). Na actualidade, podemos juntar mais alguns critérios como, por exemplo, custo-efectividade (Rocha, 2006).
Proporcionar um meio húmido
A humidade promove a migração celular e ajuda ao desmembrar da ferida por meio da autólise (Dealey, 1999). Contrariamente ao que era convencional, manter a ferida húmida não aumenta a taxa de infecção (EWMA, 2004). As células epiteliais movem-se mais depressa e em maiores distâncias em ambiente húmido, ao passo que um ambiente seco pode efectivamente retardar o seu progresso (Morison, 2004). Todo o tipo de material que promova a terapia em ambiente húmido é também um excelente veículo de promoção de desbridamento autolítico que, ocorre de forma natural no nosso organismo (Madeira, 2007).
Remover o excesso de exsudado
O excesso de exsudado bloqueia a proliferação celular e a angiogénese, leva ao aprisionamento dos factores de crescimento e contém quantidades excessivas de metaloproteinases da matriz (MMPs). Estas são capazes de destruir proteínas essenciais da matriz extracelular e a sua actividade excessiva, ou mal distribuída, tem efeitos deletérios na cicatrização (EWMA, 2004).
Quando o exsudado se descontrola, vai saturar a zona perilesional, provocando maceração. Tal pode atrasar a evolução da ferida, bem como aumentar o seu tamanho. Daí a necessidade de manter um equilíbrio entre o exsudado e o penso, que respeite o processo de cicatrização e a pele perilesional (Duque, 2009).
Permitir as trocas gasosas
Os pensos devem ter a capacidade de efectuar trocas gasosas com o exterior, nomeadamente de vapor de água e oxigénio. As necessidades do fornecimento de oxigénio variam consoante a fase de cicatrização (Sub-Grupo Hospitalar Capuchos/Desterro, |SD|). Uma área de baixa tensão de oxigénio na superfície da ferida pode estimular a proliferação dos fibroblastos e a síntese de alguns factores de crescimento, contudo uma hipóxia prolongada, pode levar a um atraso na migração das margens (EWMA, 2004).
Manter a temperatura ideal
Uma temperatura ideal de 37º promove a macrofagositose e a actividade mitótica durante a granulação e epitelização (Duque, 2009). O uso de material que não proporcione isolamento térmico (por exemplo, gaze) provoca redução da temperatura tecidular causando efeitos fisiológicos (vasoconstrição, hipóxia, mobilidade leucócitária diminuída) que, contribuem para a interrupção da cicatrização (Santos, 2008).
Não se deve remover o penso deixando a ferida exposta por longos períodos, bem como limpar a ferida com produtos frios. A hipotermia tecidular conduz à diminuição da mitogénese e da actividade fagocitária, uma vez que pode levar até 40 minutos, para que uma ferida recupere a temperatura inicial, e cerca de 3 horas para que a actividade celular normalize (Morison, 2004; Sub-Grupo Hospitalar Capuchos/Desterro, |SD|).
Impermeável às bactérias
Os pensos devem impedir tanto a penetração de bactérias através da ferida como a libertação das baterias da ferida que conduzem a infecções cruzadas (Dealey, 1999). Um estudo, de Lawrence, demonstrou que os pensos de gaze não oferecem uma barreira a bactérias, dado que estas podem passar até 64 camadas de gaze seca. Quando molhada ainda é menos efectiva (Santos, 2008).
Estar livre de partículas e contaminantes tóxicos
As partículas e contaminantes tóxicos são responsáveis pelo reaparecimento ou prolongamento da resposta inflamatória e lesam a microcirculação. Pelo que, não devemos utilizar, por exemplo, algodão, hipoclorito de sódio ou iodopovidona (Duque, 2009). As soluções de hipoclorito de sódio são tóxicas para os fibroblastos, glóbulos brancos e células endoteliais, dificultam e interrompem a microcirculação (Morison, 2004). A iodopovidona é pouco eficaz na forma de solução (é inactivada na presença de matéria orgânica, mantém-se à superfície enquanto que os agentes causadores da infecção estão nas camadas profundas da ferida), podendo ser utilizada apenas em formulações que permita a sua libertação lenta, para conseguir uma redução da carga microbiana sem destruir os fibroblastos e danificar a microcirculação (Pina, 1999).
Permitir remoção sem trauma
Os cordões capilares muitas vezes penetram no penso e o exsudado seco adere ao mesmo e ao retirá-lo é provocado desbridamento mecânico que, está desaconselhado pela não selectividade e por ser extremamente doloroso (Duque, 2009; Madeira, 2007).
Custo – efectividade
Os pensos devem permitir optimizar a cicatrização do leito das feridas, em tempo útil, com recurso a menos meios quer humanos quer materiais. Não se pode comparar o preço unitário de uma gaze com um penso de terapia avançada, porque este último proporciona ao doente uma cicatrização mais rápida com menos desconforto, dor, odor e deslocações para tratamentos (Santos, 2008).
3. Opções terapêuticas
O material de penso é frequentemente classificado em grupos. Por exemplo: absorventes, desbridantes, hemostáticos, impreganados, promotores de cicatrização e filmes (Rocha, 2006). Contudo, face aos actuais conhecimentos parece prematuro propor uma classificação, dado que, os diferentes materiais podem exibir mais que uma função (Elias, 2009).
Alginatos
Os alginatos derivam das algas castanhas e as suas fibras são sais de cálcio do ácido algínico (Rocha, 2006). Absorvem o exsudado por capilaridade, podendo absorver um volume de líquido entre 10 a 20 vezes o seu peso. Neste processo ocorre a troca de ião sódio do exsudado por ião cálcio do penso, formando-se um gel hidrófilo que, para além de absorver exsudado, mantém a humidade no leito da ferida promovendo assim o desbridamento autolítico do tecido inviável, a granulação e o alívio da dor devido à acção humectante nas terminações nervosas (Elias, 2009). Permitem as trocas gasosas e têm ainda propriedades hemostáticas devido à presença de cálcio (Elias, 2004).
Estão indicados em feridas altamente exsudativas. Não podem ser utilizados em feridas com pouco exsudado pelo facto de aderirem ao leito da ferida (Elias, 2009). Devem ser colocados somente no leito da ferida, de forma evitar a maceração da pele circundante (Rocha, 2006).
Para a fixação requerem a aplicação de um penso secundário. Em feridas planas a opção deverá ser um penso que mantenha o equilíbrio da humidade evitando o deslizar do penso primário, por exemplo, uma espuma ou película transparente. Nas cavitárias, a opção poderá ser uma película transparente, um hidrocolóide ou até mesmo uma espuma (Elias, 2009).
 Carvão Activado
Os apósitos de carvão activado são constituídos por uma membrana não aderente, permeável, que envolve uma camada central impregnada com carvão activado. Este tem capacidade de adsorver moléculas que estão na origem do intenso odor produzido pelo metabolismo de bactérias anaeróbias. São permeáveis, mantêm o leito da ferida húmido e não devem ser cortados sob o perigo de levar à descoloração dos tecidos, o que impedirá uma avaliação correcta da ferida e a avaliação de possíveis reacções de sensibilidade (Elias, 2004 e 2009).
Não devem ser colocados em feridas secas e deve ter-se o cuidado de perceber se há referência a dor local, muitas vezes relacionada com a adesão do penso ao leito da ferida (Elias, 2009). Requerem um penso secundário, sendo que a conjugação com um material que retenha a humidade e a afaste do carvão, vai melhorar o seu desempenho (Rocha, 2006).
 Colagenase
A colagenase é um produto existente na forma de pomada que, contém colagenase clostridiopeptidase A, parafina líquida e vaselina branca. É um agente desbridante enzimático que se liga ao colagénio. Na sua activação é essencial a humidade, preferencialmente o exsudado da própria ferida. Quando aplicada, é absorvida de forma a chegar ao tecido viável no fundo do leito da ferida, quebrando as fibras de colagénio que prendem o tecido necrótico à base da ferida (Elias, 2009).Está indicada no desbridamento de tecidos mortos ricos em fibrina. Como conduz à activação da fase inflamatória, o que leva a um aumento da produção de exsudado, a pele circundante deve ser cuidadosamente vigiada. De forma a potenciar a actividade das enzimas, deve utilizar-se um material que mantenha um ambiente húmido (por exemplo, hidrocolóide), tendo em conta que iodo, prata ou zinco inactivam a colagenase (Rocha, 2006; Elias, 2009).
 Colagénio
O colagénio pode ser aplicado em todos os tipos de feridas crónicas sem tecidos necrosados e em que se observa uma fase inflamatória muito prolongada no tempo (Elias, 2009). Liga-se e inactiva as MMPs que, produzidas em excesso degradam as fibras de colagénio, impedindo desse modo a cicatrização. Para além disso, liga-se e protege os factores de crescimento (Rocha, 2006).
Sendo biodegradável, não é necessário remover os resíduos da aplicação anterior aquando das trocas de penso. Deve ser coberto por um penso secundário de baixa aderência (Elias, 2009).
 Espumas
As espumas são constituídas, geralmente, por três camadas: uma externa, hidrofóbica de poliuretano ou poliéster (confere capacidade de efectuar trocas gasosas, mas não permite a passagem de fluidos e bactérias); uma camada intermédia de poliuretano, poliéster, viscose, celulose, rayon ou poliacrilato (com função de absorver o exsudado) e uma camada que entra em contacto com o leito da ferida, hidrofílica, com silicone, carboximetilcelulose, poliuretano, pectina, gelatina ou propileno (permite remoção sem trauma). Mantêm o leito da ferida húmido criando as condições essenciais para que ocorra o processo de granulação. Têm muitas formas de apresentação sendo os pensos com rebordo adesivo, sem rebordo adesivo e as apresentações cavitárias, as mais generalizadas. Existem alguns autores que dividem as espumas em hidrocelulares e hidropolímeros (Elias, 2004 e 2009).
Apresentam uma capacidade de absorção de exsudado em quantidade moderada ou elevada, tendo como vantagens a sua capacidade de conter o exsudado (não deixam repassar para o leito da ferida o exsudado que foi absorvido, prevenindo a maceração dos tecidos adjacentes) e o facto de não deixarem resíduos (importante na presença de feridas em granulação). Podem ser utilizadas como penso primário ou secundário. Na utilização para preenchimento de cavidades, não devem ficar justas aos bordos, dado que com a absorção há possibilidade de aumento de tamanho e consequente pressão excessiva, o que pode danificar os tecidos neo-formados (Elias, 2009).
 Hidrocolóides
Apresentam-se sob a forma de pensos ou pastas e são constituídos por uma mistura de gelatina, pectina e carboximetilcelulose. As apresentações em pensos têm uma película externa impermeável de poliuretano (confere a capacidade de efectuar trocas gasosas e de não permitir a passagem de fluidos e bactérias) e as pastas têm um suporte base de poliéster, goma ou excipientes gordos. A carboximetilcelulose confere ao penso capacidade moderada de absorção de exsudado e forma um gel que mantém o leito da ferida húmido, desencadeia mecanismos de desbridamento autolítico, intervém na granulação e diminui a sensação de dor local (Elias, 2004 e 2009).
São utilizados em feridas com tecido de granulação ou epitelização que, apresentem moderado ou pouco exsudado e como penso secundário de outros (hidrogel, colagenase). Não se recomenda a utilização em feridas muito exsudativas e em feridas infectadas, em particular por bactérias anaeróbias (Elias, 2009).
A sua remoção pode causar traumatismo na pele circundante friável, existem relatos de hipergranulação quando existe um uso prolongado e o gel que se forma tem uma coloração amarelada e um cheiro desagradável(Elias, 2009).
 Hidrofibras
As hidrofibras são constituídas por carboximetilcelulose sódica com um baixo grau de carboximetilação que as torna pouco solúveis, mas com uma elevada capacidade de absorção. A absorção do exsudado, ocorre verticalmente e sem expansão lateral prevenindo a maceração dos tecidos adjacentes, transformando lentamente o penso em gel que, mantém o leito da ferida húmido. Promovem o desbridamento autolítico e a granulação, diminuem a sensação de dor local, são permeáveis e têm a capacidade de absorver exsudado até um máximo de trinta vezes o seu peso (Elias, 2004 e 2009).
Estão indicadas em feridas muito exsudativas e a sua capacidade de remoção com relativa ausência de dor é uma vantagem. Como forma um gel coeso, torna mais fácil a sua remoção na totalidade e de forma íntegra. Não devem ser utilizadas em feridas com reduzida produção de exsudado e à semelhança dos alginatos requerem um penso secundário para a fixação (Elias, 2009).
 Hidrogeles
Os hidrogeles existem comercializados sob duas formas de apresentação: gel amorfo e apósito (Rocha, 2006). O gel é composto essencialmente à base de água (70 a 96%), contendo ainda propilenoglicol, pectina e carboximetilcelulose ou alginato (Duque, 2009). Promovem a hidratação dos tecidos secos por cedência de água, cuja libertação é regulada pelos restantes constituintes. O elevado teor de água no leito da ferida, estimula a migração e produção de enzimas proteolíticas que ajudam no processo de desbridamento autolítico do tecido necrosado/ desvitalizado. O ambiente húmido também estimula a angiogénese e a granulação dos tecidos, para além de diminuir a sensação de inflamação e de dor local (Elias, 2009).
Deve ter associado um penso que permita as trocas gasosas, seja impermeável às bactérias e evite absorver o gel ou mesmo permitir a sua evaporação. As opções mais adequadas são as películas transparentes e os hidrocolóides. A sua utilização em feridas com exsudado é desnecessária e contraproducente pois pode levar à maceração dos bordos e da pele circundante (Elias, 2009).
 Iodo
O iodo é um elemento não metálico que, pode ser usado em feridas infectadas, desde que incluído em formas galénicas que permitam a sua libertação constante e em níveis terapêuticos. Tem propriedades bactericidas, tendo sido comprovada contra bactérias, fungos, protozoários, vírus e alguns esporos. No entanto, tende a ser inactivado pela matéria orgânica presente no leito da ferida e se a sua concentração na ferida for muito elevada torna-se tóxico para os fibroblastos, atrasando a cicatrização.
Existem dois tipos de pensos que libertam iodo de forma controlada e contínua. Um constituído por uma rede de cadexómero que liberta iodo lentamente após absorver água ou exsudado (existe na forma de pasta e de grânulos) e que está indicado para feridas infectadas com exsudado. Outro constituído por uma compressa de viscose impregnada por polietilenoglicol que, liberta o iodo para o leito da ferida e está indicado para feridas infectadas pouco exsudativas. A grande diferença é que o primeiro penso liberta o iodo de uma forma sustentada ao longo do tempo, enquanto o segundo utiliza o iodo de uma forma muito rápida (Elias, 2004 e 2009).
Necessita de um penso secundário que, não deixe resíduos no leito da ferida. Não deve ser utilizado em caso de sensibilidade ao produto, feridas profundas e distúrbios renais ou da tiróide (Elias, 2009).
Películas transparentes
As películas transparentes, também conhecidas por filmes, são constituídas por uma fina camada de poliuretano. São produtos barreira que permitem as trocas gasosas e impedem o contacto dos fluidos exteriores e bactérias com a pele. Estão indicadas para a protecção da pele macerada, sendo que também podem ser utilizadas como penso secundário de hidrogel, hidrofibras, entre outros. Como são impermeáveis permitem a prestação de cuidados de higiene completos (Elias, 2009).
Poliacrilato
O penso de poliacrilato é constituído por uma camada exterior de fibra sintética e uma camada interna constituída por duas camadas de celulose que envolvem grânulos de poliacrilato saturados com solução de ringer. A camada que entra em contacto com o leito da ferida não permite a adesão aos tecidos e é permeável ao exsudado e à solução de ringer. A camada que não entra em contacto, é hidrófoba e tem como função conservar a humidade e não permitir a passagem de fluidos para o exterior. Os grânulos de poliacrilato hidratam o leito da ferida por cedência de solução de ringer e a celulose tem alguma capacidade de retenção de exsudado (Elias, 2009).
Está indicado no desbridamento (autolítico) de tecidos necrosados secos. Não deve ser cortado e aquando da sua aplicação deve observar-se que fica no interior das margens, uma vez que pode provocar maceração dos seus bordos. Assim, necessita de um penso secundário que o mantenha seguro e previna a sua deslocação (Elias, 2009).
Prata
A prata, em soluções concentradas de ácidos, origina sais iónicos com propriedades antimicrobianas. Tem um largo espectro de acção, sendo activa contra bactérias, fungos e alguns vírus. Os pensos contendo prata estão assim indicados em feridas infectadas. Encontram-se no mercado várias apresentações que combinam diversos produtos com prata iónica, como por exemplo carvão activado, hidrofibras, alginatos ou espumas (Elias, 2004 e 2009).
Na selecção do penso deverá ter-se em conta aspectos específicos da ferida17. Por exemplo, os pensos contendo prata e carvão activado combinam o poder adsorvente do carvão com o poder antimicrobiano da prata. Os pensos de prata com hidrofibras, alginatos ou espumas associam a capacidade de absorção à acção antimicrobiana (Elias, 2009).
Existem também apresentações com prata metálica. Os nanocristalinos são constituídos por camadas alternadas de rayon/poliéster e de polietileno com nanocristais de prata metálica, permitindo a rápida libertação desta (Elias, 2004).
Se ao fim de duas semanas de utilização não se observarem melhorias significativas na evolução da ferida deve suspender-se a aplicação e fazer uma reavaliação do doente. Se a evolução for favorável, também não está indicada uma utilização demasiado prolongada, uma vez que se o número de iões de prata for muito superior ao número de bactérias, poderá afectar fibroblastos e células epiteliais (Pina, 2006).
Conclusão
A abundância de material de penso com acção terapêutica torna muito complexa a selecção deste material e gera muita confusão (Elias, 2009). Contudo, com conhecimentos provenientes de várias áreas do saber, diferenciadas e complementares, será possível suprimir algumas lacunas que verificamos na nossa praxis diária.
Referências Bibliográficas
(1) European Pressure Ulcer Advisory Panel and National Pressure Ulcer Advisory Panel (EPUAP), (2009). Prevention and treatment of pressure ulcers: quick reference guide. Washington DC: National Pressure Ulcer Advisory Panel.
(2) DUQUE, H. et al (2009)  Úlceras de Pressão: Uma abordagem estratégica. Coimbra: Formasau, Formação e Saúde, Lda. ISBN 978-972-8485-98-6.
(3) ROCHA, M. et al (2006) Feridas uma Arte Secular: Avanços Tecnológicos no Tratamento de Feridas. Coimbra: Edições MinervaCoimbra. ISBN 972-798-176-3.
(4) GOUVEIA, J.; SECO, A. (2008) Terapia de Cicatrização em ambiente húmido: a caminho do sucesso. Disponivel on-line em www.gaif.net (26/11/2009)
(5) European Wound Management Association (EWMA), (2004)  Position Document: Wound Bed Preparation in Practice. London: MEP Ltd.
(6) ELIAS, C. et al (2009) Penso – Acto de Pensar uma Ferida. Tipografia Lousanense, Lda. ISBN 978-989-20-1595-5.
(7) GOUVEIA, J. (2009)  Medição de Feridas: Porque é Importante Medir. Disponivel on-line em www.gaif.net (26/11/2009)
(8) MORISON, M. (2004) Prevenção e Tratamento de Úlceras de Pressão. Loures: Lusociência. ISBN 972-8383-68-1.
(9) FERREIRA, P. et al (2007) Risco de Desenvolvimento de Úlceras de Pressão: Implementação Nacional da Escala de Braden. Loures: Lusociência.
ISBN 978-972-8930-37-0.
(10) DEALEY, C. (1999) O papel dos hidrocolóides no tratamento de feridas. Revista Nursing. ISSN: 0871-6196. N.º 138.
(11) MADEIRA, C. et al (2007) Desbridamento de tecido desvitalizado: modalidades e outras opções. Revista Nursing. Lisboa. ISSN 0871-6196. N.º 221.
(12) FORNELLS, M. et al (2008)  Maceração e Exsudado: Desde o leito da ferida ao limite da ferida crónica. Disponivel on-line em www.gaif.net
(13) SUB-GRUPO HOSPITALAR CAPUCHOS/ DESTERRO [SD] Prevenção e Tratamento das Úlceras de Pressão. Lisboa: Comissão de controlo de infecção hospitalar do sub-grupo hospitalar.
(14) SANTOS, C. (2008)  O uso de compressas pode sair caro. Disponivel on-line em www.gaif.net
(15) PINA, E. (1999) Aplicação tópica de antimicrobianos no tratamento de feridas. Revista Nursing. N.º 137.
(16) ELIAS, C. (2004) Material de penso utilizado em feridas crónicas. Revista Nursing. N.º 188.
(17) PINA, E. (2006) Pensos com prata: Indicações para a sua utilização e selecção. Revista Nursing. N.º 210.



Festa de S. João 2013


QUEDAS DO IDOSO


Por: Antonieta Dias (*)

As quedas são a 5.ª causa de morte, representando nos idosos uma incidência muito grande em relação à população em geral.
Reduzir os riscos das quedas nos idosos é fundamental para o bom equilíbrio biopsicosocial e para a manutenção da independência na terceira idade.
Nos estudos realizados até à data, concluiu-se que 65% de pessoas que caem, encontram-se na faixa etária dos 65 anos ou mais, e que 35% a 40%, desses idosos já sofreu uma queda no último ano. No grupo de idosos com 80 anos ou mais, a percentagem de quedas registadas no último ano é superior, estimando-se em 50%.
Este facto sinaliza a importância de continuar a investigação das causas responsáveis pela ocorrência de quedas nos idosos, sendo já uma evidência científica, que o idoso que sofreu uma queda tem tendência a ter uma nova queda.
As últimas “guidelines” publicadas em 2011, contribuíram para melhorar o desempenho médico na avaliação do risco e têm servido para orientar o raciocínio clínico no sentido de minimizar a ocorrência de quedas nos idosos, promovendo cuidados antecipatórios focalizados e dirigidos para a prevenção.
Outro indicador importante, revelado pelos itens estudados ilustra claramente que quando comparados grupos de idosos institucionalizados com idosos integrados no seu ambiente familiar constata-se que os idosos que estão institucionalizados são aqueles que têm um número mais elevado de quedas e são ainda os que sofrem lesões mais graves.
Importa, ainda referir que apesar de um número significativo de quedas estar associado à morbilidade dos idosos, e muitas vezes ser responsável pela causa de morte, existem outros fatores importantes que explicam muitas destas fragilidades, designadamente o agravamento funcional global do idoso que pode determinar devido à sua tipologia necessidade de hospitalização ou de institucionalização precoce, por incapacidade de resposta por parte dos familiares.
Porém, existe uma multiplicidade de situações que explicam a ocorrência deste fenómeno, e que são causadoras de fatores desestabilizadores no seio de uma família funcional.
Perante o fenómeno da queda, que surge de forma imprevista, deixando muitas vezes o idoso numa situação de dependência de terceiros para os atos de vida diária, a família pode ficar inevitavelmente desestruturada e incapaz de cuidar do seu familiar dependente.
Como exemplo de sequelas graves, que podem despoletar estas decisões referimos a título de exemplo as quedas com traumatismo crânio-encefálico com hemorragias cerebrais mais ou menos extensas que para além de colocarem em risco a vida do idoso, obrigam a períodos prolongados de hospitalização, podendo deixar sequelas altamente incapacitantes, que pela sua especificidade de continuidade de cuidados poderão impedir os familiares de os acolher por não conseguirem prestar-lhes a assistência diferenciada que necessitam, deixando assim como ultima alternativa para a família o recurso e a necessidade de procurar uma instituição que acolha o idoso e que o cuide de forma adequada.
Outro exemplo de incapacidade funcional e que implica algum tempo de tratamento são as fraturas do colo do fémur, que limitam temporariamente ou definitivamente a autonomia dos idosos.
Por fim como consequência das quedas, temos os síndromes pós-queda que exigem uma atenção muito especial neste grupo populacional, pela necessidade de uma eventual adaptabilidade a novos ambientes, gerando só por si um evento negativo, altamente marcante que poderá provocar no idoso situações de insegurança, de medo de uma nova queda, predispondo-o a novos eventos inesperados e aumentando claramente a predisposição para uma nova queda.
Os estudos efetuados até à data revelam que 10% a 25% dos idosos vítimas de quedas são institucionalizados, devido ao facto de se tornarem dependentes de terceiros, sendo as razões que levam à sua institucionalização, o facto de residirem sozinhos.
Destes 10% que sofreram lesões, 50% terão que ser internados.
Quando e como devemos avaliar idoso em risco?
As “guidelines” trouxeram recomendações importantes, e vieram focalizar os fatores que exigem uma intervenção médica direcionada e atempada.
Cabe ao médico assistente, fazer o rastreio do risco das quedas, pelo que é fundamental esclarecer detalhadamente a tipologia da queda.
Perante um idoso que sofreu uma queda, devemos fazer uma história clínica exaustiva, que permita recolher todos os elementos relevantes que possam ser fatores responsáveis pela mesma.
Torna-se obrigatório fazer um exame físico pormenorizado, ver se existe alguma deformidade que possa impedir a estabilidade da marcha. Este aspeto é muito importante para conseguir traçar um plano de atuação terapêutica e minimizar o aparecimento de novas quedas. Outro aspeto que não deve ser esquecido é a avaliação mental do idoso, determinar os seus aspetos cognitivos, designadamente se tem algum deficit, ou dificuldade na perceção das orientações que lhe são comunicadas e por fim fazer a avaliação funcional da sua capacidade osteo-articular. Esta avaliação funcional é muito importante pois permite observar incapacidades que podem passar despercebidas e quando detetadas podem ser facilmente melhoradas e prevenir novas quedas.
Um programa de exercício personalizado poderá ser outra das nossas metas para diminuir e minimizar a ocorrência das quedas.
Em suma, conhecer a estrutura familiar, conhecer o ambiente em que o idoso vive e, sobretudo, conhecer o espaço e a forma como ele está ambientado na sua casa, são aspetos importantes para orientar e planificar de forma específica um plano de prevenção das quedas nos idosos.
Importa, ainda referir que a adaptação ambiental, o treino do equilíbrio, a avaliação do risco da terapêutica instituída ao idoso, onde se inclui a pesquisa exaustiva da medicação e das interações medicamentosas, a avaliação do calçado e da força muscular, são aspetos importantes e que não podem ser esquecidos.
(*) Doutorada em Medicina

Protocolo com a Associação Alzheimer

Protocolo com a Associação Alzheimer

Feliz Ano Novo

Feliz Ano Novo

Festa Natal 2012

Festa Natal 2012

Festa Natal 2012

92º Aniversário D. Eduarda

92º Aniversário D. Eduarda
Parabéns !






Primavera todo o ano

Primavera todo o ano
Climatização Global

OBJECTIVOS DA INSTITUCIONALIZAÇÃO

- Proporcionar serviços adequados à satisfação das necessidades dos utentes;

- Contribuir para a estabilização ou retardamento das consequências nefastas do envelhecimento;

- Prestar apoio psicossocial;

- Fomentar relações interpessoais e intergeracionais;

- Favorecer a permanência da pessoa idosa no seu meio habitual de vida ou seja o seu domicílio;

- Contribuir para retardar ou evitar a institucionalização ( Internamento em Lar );

- Contribuir para a prevenção de situações de dependência, promovendo a autonomia.

APOIO PERSONALIZADO À SUA MEDIDA

APOIO PERSONALIZADO À SUA MEDIDA
Na Europa Central, a institucionalizaçáo do idoso, é a última etapa do seu percurso de senescência ou senilidade. Sabemos que a diversidade de respostas sociais em Portugal podem e devem permitir ir até ao limite, mantendo o idoso sempre que possível na sua estrura natural, que é a familia !

Envelhecimento ativo uma meta deste século


É inquestionável a relação entre o sentimento de solidão e a síndrome depressiva, que quando instaladas no ser humano, deterioram a qualidade de vida, pela inevitável somatização dos traumas, convertidos em doenças, por sua vez causadoras diretas, de grande e prolongado sofrimento e até da sua morte precoce.

Existem estudos suficientes que nos indicam, apesar da diversidade dos instrumentos de avaliação, que o bem-estar e a qualidade de vida do homem idoso, requerem numa primeira análise a aquisição do sucesso do seu envelhecimento.

Apesar de existir alguma subjetividade neste conceito, por estar intimamente ligado às vivências, cultura e exigências pessoais de cada sujeito, não deixa de ser relevante que existem fatores considerados transversais a todos eles, como: a inatividade aliada ao sentimento de inutilidade, as perdas parentais, como a viuvez ou emigração dos filhos, a perceção da deterioração das capacidades funcionais e / ou intelectuais.

Hoje coloca-se a questão de como encontrar um modelo, capaz de proporcionar um sentimento de bem-estar no idoso, sabendo que o homem urbano difere substancialmente do homem rural, sendo bem diversas estas duas realidades.

Coloca-se mais frequentemente no idoso citadino, onde o fator económico não é preponderante, a complexidade da solidão e isolamento, associado à perda de estatuto social, e baixa auto-estima e desânimo, sentimentos despoletadores da depressão e das suas nefastas consequências.

No meio rural, não existe uma completa extinção de uma atividade laboral, o campo e a lavoura proporcionam uma ocupação, embora proporcional à sua capacidade física, mas raramente existe o sentimento de inutilidade, porque todo o meio lhe é mais favorável, desde as redes sociais, a entreajuda familiar ou até os elos de vizinhança.

No fundo o que me parece crucial em qualquer das situações, é evitar em qualquer dos casos a inatividade, como forma de conservar por mais tempo o inexorável declínio e deterioração das suas capacidades funcionais.

Dessa forma permitirá a conservação do seu papel e participação sociais e encontrar os estímulos suficientemente para voltar a ligar-se à sua rede de amizades, restabelecendo quantas vezes a sua vida afetiva.

Concluindo: O conceito da reforma ou aposentadoria precoces, como forma de iniciar um ciclo de ócio ou para alguns o descanso merecido, parece hoje pouco aliciante, dado que os fatores da imobilidade que por si só, geram efeitos físicos que se traduzem a curto prazo na doença.

Quanto ao envelhecimento bem-sucedido, parece não existir uma mesinha universal, cada indivíduo terá de encontrar por si, de acordo com a sua exigência pessoal, ainda que com ajuda das redes de ação social existentes, a forma de satisfação individual que lhe proporcione mais tempo de vida com qualidade, o que significa obviamente com saúde e desejo de prosseguir um projeto de vida aliciante.

Carlos Neves

ALHZEIMER

ALHZEIMER
Sinais Preocupantes

10 Sinais de alerta





As pessoas com Doença de Alzheimer tornam-se confusas, passando a apresentar alterações da personalidade, com distúrbios de conduta e acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmas quando colocadas frente a um espelho.

À medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a necessitar de cuidados e supervisão permanente, até mesmo para as actividades elementares do quotidiano como alimentação, higiene, vestuário, etc..

Muitas vezes, pode ser difícil perceber a diferença entre as mudanças características do envelhecimento e os primeiros sinais da Doença de Alzheimer. A perda de memória é uma característica natural do envelhecimento. Mas quando a perda de memória começa a perturbar a vida quotidiana da pessoa, já não estamos a falar de algo natural, mas sim daquilo que poderá ser um sintoma de demência.
Pergunte-se: Isto é algo novo?
Por exemplo, se a pessoa nunca foi muito boa a passar um cheque, não há motivos para se preocupar se a pessoa tiver dificuldades em passar um cheque.
Mas se a sua capacidade de passar um cheque mudou muito, é algo a partilhar com um médico.
Algumas pessoas podem reconhecer mudanças em si mesmas antes que alguém se aperceba. Outras vezes, os amigos e a família serão os primeiros a observar as alterações na memória da pessoa, nos seus comportamentos ou capacidades.

Para o ajudar, a Alzheimer Portugal criou esta lista de sinais de alerta para a Doença de Alzheimer e outras demências.

Cada pessoa é um caso único e, por isso, pode ter um ou mais destes sinais em diferentes graus. Muitos dos sintomas da Doença de Alzheimer podem ser, também, sintomas de outras doenças como, por exemplo, depressão. Por isso, caso detecte alguns destes sinais, consulte o seu médico de família

10 Sinais de Alerta da Doença de Alzheimer
Esta lista pode ajudá-lo a reconhecer os sinais de alerta da Doença de Alzheimer:


1 – Perda de Memória
Um dos sinais mais comuns da Doença de Alzheimer, especialmente nas fases iniciais, é o esquecimento de informações recentes. Outros exemplos incluem o esquecimento de datas importantes ou eventos, repetir a mesma pergunta várias vezes, usar auxiliares de memória (por exemplo, notas, lembretes ou dispositivos electrónicos) ou mesmo membros da família para as coisas que habitualmente se lembrava por si mesmo.
O que é normal?
Às vezes, esquecer-se de nomes ou palavras, mas recordá-los posteriormente.

2 – Dificuldade em planear ou resolver problemas
Algumas pessoas podem perder as suas capacidades de desenvolver e seguir um plano de trabalho ou trabalhar com números. Podem ter dificuldade em seguir uma receita familiar ou gerir as suas contas mensais. Podem ter muitas dificuldades de concentração e levar muito mais tempo para fazer coisas que habitualmente faziam de forma mais rápida.
O que é normal?
Cometer erros ocasionais, por exemplo a passar um cheque

3 – Dificuldade em executar tarefas familiares
Pessoas com Doença de Alzheimer podem ter dificuldades em executar diversas tarefas diárias. Podem ter dificuldades em conduzir até um local que já conhecem, gerir um orçamento de trabalho ou em lembrar-se das regras do seu jogo favorito. A pessoa com Doença de Alzheimer pode ser incapaz de preparar qualquer parte de uma refeição, ou esquecer-se de que já comeu.
O que é normal?
Às vezes precisar de ajuda para gravar um programa de televisão ou deixar as batatas no forno e só se lembrar de as servir no final da refeição.

4 – Perda da noção de tempo e desorientação
As pessoas com Doença de Alzheimer podem perder a noção de datas, estações do ano e da passagem do tempo. Podem ter dificuldades em entender alguma coisa, que não esteja a acontecer naquele preciso momento. Às vezes podem até esquecer-se de onde estão ou como chegaram até lá.
O que é normal?
Ficar confuso sobre o dia da semana em que se encontra, mas lembrar-se mais tarde.

5 – Dificuldade em perceber imagens visuais e relações especiais
Para algumas pessoas, ter problemas de visão pode ser um sinal de Doença de Alzheimer. Podem ter dificuldades de leitura, dificuldades em calcular distâncias e determinar uma cor ou o contraste. Em termos de percepção, a pessoa pode passar por um espelho e achar que é outra pessoa, não reconhecendo a sua imagem reflectida no espelho.
O que é normal?
Ter problemas de visão devido a cataratas.

6 – Problemas de linguagem
As pessoas com doença de Alzheimer podem ter dificuldades em acompanhar ou inserir-se numa conversa. Podem parar a meio da conversa e não saber como continuar ou repetir várias vezes a mesma coisa. Podem ter dificuldades em encontrar palavras adequadas para se expressarem ou dar nomes errados às coisas.
O que é normal?
Às vezes ter dificuldade em encontrar a palavra certa para dizer alguma coisa.

7 – Trocar o lugar das coisas
As pessoas com Doença de Alzheimer podem colocar as coisas em lugares desadequados. Podem perder os seus objectos e não serem capazes de voltar atrás no tempo para se lembrarem de quando ou onde o usaram. Às vezes, podem até acusar os outros de lhes roubar as suas coisas.
O que é normal?
Perder coisas de vez em quando, como não saber onde estão os óculos ou o comando da televisão.

8 – Discernimento fraco ou diminuído
As pessoas com Doença de Alzheimer podem sofrer alterações na capacidade de julgamento ou tomada de decisão. Por exemplo, podem não ser capazes de perceber quando os estão claramente a enganar e ceder a pedidos de dinheiro, podem vestir-se desadequadamente ou mesmo não não ir logo ao médico quando têm uma infecção, pois não reconhecem a infecção como algo problemático.
O que é normal?
Tomar uma decisão errada de vez em quando.

9 – Afastamento do trabalho e da vida social
As pessoas com Doença de Alzheimer podem começar a abandonar os seus obbies, actividades sociais, projectos de trabalho ou desportos favoritos. Podem começar a demonstrar dificuldade em assistir a um jogo do seu clube até ao fim, como faziam antes, ou podem esquecer-se de acabar alguma actividade que começar
O que é normal?
Às vezes, sentir-se cansado do trabalho, da família, ou não lhe apetecer sair.

10 – Alterações de humor e personalidade
O humor e a personalidade das pessoas com Doença de Alzheimer pode alterar-se. Podem tornar-se confusos, desconfiados, deprimidos, com medo ou ansiosos. Podem começar a irritar-se com facilidade em casa, no trabalho, com os amigos ou em locais onde eles se sintam fora da sua zona de conforto. Alguém com a Doença de Alzheimer pode apresentar súbitas alterações de humor – da serenidade ao choro ou à angústia – sem que haja qualquer razão para tal facto.
O que é normal?
Desenvolver formas muito específicas de fazer as coisas e irritar-se quando a sua rotina é interrompida.


Festa Natal 2010

O Testamento de um idoso

87º Aniversário Fernando Galveias

90º Aniversário do Sr. Barreto

Aniversário do Sr. Luís Rodrigues

Festa de S. João 2011

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Carnaval 2011

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imagem escaras

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" ESCARAS " Formas de a dominar !!

Nos Lares de idosos e Hospitais observa-se com frequência nos seus internados o aparecimento, quantas vezes súbito, desta entidade patológica que vulgarmente se designa por “ Escara “.

A “ Escara “ pode mais apropriadamente designar-se por “ Necrose isquémica “ dos tecidos sujeitos a pressão contínua durante determinado tempo.

A imobilidade é o factor mais preponderante para o aparecimento dessas lesões tróficas, não sendo de excluir outra ordem de razões, embora menos frequentes cuja origem se prende sobretudo com inadequado uso de artefactos como: calçado, talas de gesso, próteses de marcha, placas dentárias ou até mesmo dos próprios óculos.

Existem zonas do corpo mais susceptíveis do que outras para o aparecimento deste tipo de lesões, tal fenómeno é determinado pelos pormenores anatómicos do corpo humano de acordo com as áreas expostas, encontrando-se inicialmente comprometidas as proeminências ósseas de contacto com a cama, como a do sacro, a crista ilíaca, o trocanter maior, a espinha da escápula, o calcâneo, e o maléolo externo.

Em termos quantitativos, são sobretudo os acamados e diabéticos, cuja doença propicia a par de uma insuficiência circulatória, também uma perda de sensibilidade à dor, os doentes mais sujeitos a escarear.

Favorecem o aparecimento de escaras e comprometem a sua cicatrização, os doentes desproteinizados, os anémicos, os edemaciados, os celulíticos, os portadores de deformações articulares, magreza excessiva, doenças metabólicas ou infecciosas e também os indivíduos com deficiente higiene, sobretudo quando se encontram afectados por lesões crónicas de pele.

Naturalmente que as “ escaras “ possuem diversos graus conforme o nível de tecidos que comprometem, assim num estádio primário onde apenas a derme e epiderme são lesadas, podemos considerar os Graus I e II, facilmente recuperáveis por tratamento tópico, activação da circulação local e prevenção de novas compressões das zonas afectadas.

Se a evolução de uma escara ultrapassou a zona de gordura progredindo até à massa muscular e posteriormente ao tecido ósseo, estamos na presença de lesões de Grau III, IV e V, dependendo esta ultima avaliação mais da superfície atingida, do que sua a profundidade

É importante, que os técnicos de saúde promovam medidas profilácticas de preservação da integridade cutânea dos doentes, através de uma boa higiene, inspecção constante das zonas susceptíveis de lesões, mobilização do paciente, massagem, hidratação e nutrição da pele com produtos apropriados.


As escaras de decúbito, não podendo ser totalmente evitadas, devem sempre ser prevenidas ou minoradas pela observação de um conjunto de cuidados, parecendo-nos que o desconhecimento da patogenia das escaras, e a falta de recursos humanos habilitados, aumentam desmesuradamente o dramatismo do seu aparecimento.

Carlos Neves